Os 5 estágios do luto – Compreendendo a Curva de Mudança de Kubler-Ross

Como aceitar as mudanças?

A mudança é uma parte inevitável e verdadeira da vida, e não há fugas. Se a mudança está bem planejada e formulada, ela pode produzir resultados positivos, mas mesmo apesar do planejamento, a mudança é difícil de incorporar, aceitar e apreciar.

Com este artigo pretendo lançar luz sobre a curva de mudança Kubler-Ross (ou também o modelo Kubler-Ross), que é a ferramenta mais confiável para entender a mudança e as etapas associadas a ela.

A Curva de Mudança Kubler-Ross pode ser efetivamente usada por líderes empresariais em todo o mundo para ajudar sua força de trabalho a se adaptar às mudanças e se mover para o sucesso(serve para uma separação também).

Modelo Kubler-Ross
Fases do modelo Kubler Ross

Neste artigo, explorarei o que é o Modelo Kubler-Ross.

O que é a Curva da Mudança Kubler-Ross?

A Curva de Mudança de Kubler-Ross, que também é conhecida como os 5 estágios do sofrimento/morte, é um modelo composto pelos vários níveis ou estágios das emoções que uma pessoa experimenta logo que irá abordar a morte ou é um sobrevivente de uma morte íntima.

Os 5 estágios incluídos neste modelo são negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Este modelo foi introduzido e recebeu o nome de Elisabeth Kubler-Ross em um livro intitulado “Death and Dying(Morte e Morrer em tradução livre)”, que surgiu no ano de 1969.

Este livro, bem como o modelo, foi inspirado por sua associação e trabalho com pacientes que eram doentes terminais. A psiquiatra Kubler-Ross inclinou-se para este assunto por falta de pesquisa e informação sobre o tema da morte e a experiência de morrer.

Ela começou sua pesquisa analisando e avaliando aqueles que foram confrontados com a morte, mas o exame tomou a forma de uma série de seminários e, em seguida, entrevistas com pacientes.

Após a publicação do livro “Morte e Morrer”, o conceito ou o modelo foi amplamente aceito e verificou-se que era válido na maioria dos casos e situações relacionadas à mudanças. Este modelo e sua pesquisa também melhoraram o entendimento geral, bem como os procedimentos seguidos na assistência médica.

As 5 etapas, segundo ela, são transferíveis para diferentes formas e graus e podem variar de pessoa para pessoa. Além daqueles que enfrentam a morte íntima, esse modelo também é válido no caso de outros que podem ser enfrentados por condições físicas ou traumatismos menos graves.

Algumas dessas situações ou casos incluem lesões, deficiência, problemas de trabalho, problemas de relacionamento e problemas financeiros, etc.



Relevância da Curva da Mudança Kubler-Ross nos Negócios

O modelo Kubler-Ross também é verdadeiro quando se trata de negócios, trabalho ou emprego. Toda organização precisa gerar mudanças em suas políticas e gerenciamento. Mas, além da melhoria dos sistemas, deve haver uma mudança nas pessoas e/ou funcionários também.

Se, mesmo fazendo várias mudanças nos sistemas e processos, os funcionários da sua empresa persistem em suas antigas formas e, não entendem as mudanças, os milhares de reais investidos serão desperdiçados.

É por isso que é importante para os funcionários também se adaptarem e mudarem de acordo com as resoluções da empresa. Somente quando a força de trabalho de uma organização faz mudanças pessoais, ou transições, a empresa pode avançar e colher os benefícios(Jean Daher, sempre fala isso, citando:”Não podemos ter resultados diferentes fazendo as mesmas coisas, Heil Jean!).

Toda organização precisa apoiar os funcionários no processo de fazer transições ou mudanças. Essas transformações individuais podem ser traumáticas e podem envolver muitas perdas de energia e problemas de prestígio. Quanto mais fácil for para que os funcionários se movam em sua jornada, mais fácil será para a organização se mover para o sucesso.

Assim, isso afeta a taxa de sucesso e os lucros globais experimentados pela empresa. A Curva da Mudança no negócio é, portanto, um modelo poderoso que pode ajudar a entender e lidar com mudanças e transições pessoais. Isso ajuda a entender como alguém reagirá à mudança e como fornecer suporte durante este processo.

As 5 etapas do sofrimento/luto

É essencial entender que não nos movemos ao longo das etapas em uma direção linear ou por um passo a passo.

Uma pessoa tende a se mover em estágios em uma ordem aleatória e às vezes pode até voltar a um estágio anterior após um certo momento.

Cada etapa pode durar um período de tempo diferente, e é possível que uma pessoa fique presa em um estágio particular e não se mova a partir daí. Abaixo estão breves descrições de cada uma das 5 etapas do sofrimento:

  1. Negação: o estágio de choque ou negação geralmente é a primeira etapa no modelo Kubler-Ross e é principalmente de curta duração. Esta é uma fase durante a qual existe um mecanismo de defesa temporário e leva tempo para processar certas notícias ou a realidade perturbadora. A pessoa pode não querer acreditar no que está acontecendo com ele/ela. Isso pode provocar um mergulho na produtividade e a capacidade de pensar e agir. Após o choque inicial passar, pode-se experimentar negação e a pessoa pode permanecer focada no passado. Algumas pessoas tendem a permanecer no estado de negação por um longo tempo e podem perder contato com a realidade(importante, se afaste do álcool).
  2. Raiva: quando a realização finalmente atinge, e alguém entende a gravidade da situação, ele/ela pode ficar bravo e pode procurar alguém para culpar. A raiva pode ser manifestada ou expressa de muitas maneiras. Enquanto alguns tiram a ira sobre si mesmos, outros podem direcioná-lo para os outros à sua volta. Enquanto alguns podem estar com raiva da vida em geral, outros podem culpar a economia(ou o PT e o Lula). Alguns tendem a permanecer irritados, frustrados e com pavio curto durante esta fase.
  3. Barganha/Negociando: quando o estágio da raiva desaparecer, pode-se começar a pensar em maneiras de adiar o inevitável e tentar descobrir o melhor que resta na situação. Aqueles que não são confrontados pela morte, mas por outro trauma, podem tentar negociar a situação e chegar a um ponto de compromisso(nunca mais faço isso, ou aquilo, por exemplo). A negociação pode ajudar a chegar a uma solução sustentável e pode trazer algum alívio para aqueles que se aproximam do que desejam evitar. A busca de um resultado diferente ou menos traumático pode permanecer durante um tempo neste estágio.
  4. Depressão: a depressão é um estágio em que a pessoa tende a sentir tristeza, medo, arrependimento, culpa e outras emoções negativas(dá-lhe Rivotril, Amytril). Ele/ela pode ter desistido completamente de tudo e agora pode chegar a um beco sem saída de onde a estrada parece escura e vazia. Pode-se mostrar sinais de cansaço, reclusão, afastar-se dos amigos e excitação por qualquer coisa que aconteça em sua vida. Isso pode parecer o ponto mais baixo da Curva da Mudança(e é sempre um motivo de preocupação), sem nenhum caminho a seguir. Alguns sinais comuns de depressão incluem tristeza, baixa energia, sensação de desmotivação, perda de confiança em Deus, etc.
  5. Aceitação: quando as pessoas percebem que lutar contra a mudança que está entrando em sua vida não vai fazer a dor desaparecer, elas renunciam à situação e aceitam completamente. A atitude resignada pode não ser a luz no fim do túnel, mas é aquela em que a pessoa pode parar de resistir à mudança e avançar com ela(pois acredite, um dia após o outro, como no A.A.).

Enquanto algumas pessoas se anulam completamente e entram em um estado profundo de baixa energia, outros podem tentar aproveitar ao máximo o tempo restante na mão e explorar novas oportunidades. Outros chegam a um ponto de paz e estão preparados para assumir o que quer que tenha a seguir. Acredite é possível(ainda mais se você tiver uma mente espiritual, procure sempre Deus).

No próximo artigo explorarei exemplos de como podemos aplicar a Curva da Mudança Kubler-Ross.

By Fabiano Adelino – Traduzido do Cleverism

2 comentários sobre “Os 5 estágios do luto – Compreendendo a Curva de Mudança de Kubler-Ross

  1. Muito bom. Estava vendo sobre isso no livro Gerenciando Mudanças nas Organizações. Fui trainee de planejamento em call center por 1 ano e vi muito disso, além do mais passei por isso, com algumas perdas recentes. Agora estou indo para vendas e acabei topando no seu blog. Continue escrevendo, seu conteúdo é muito bom!

    1. Obrigado Yuli, estou aprendendo, mas comentários iguais ao seu, me incentivam! Pra cima irmão!

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